terça-feira, 29 de abril de 2008

Juventude


Às vezes vejo minha juventude como se estivesse me debatendo dentro d'água... onde batia vigorosamente os braços, provocando com isso aquele alvoroço da água, com algumas pessoas ao meu redor, por causa disso também, se debatendo e turvando mais ainda essa água. Nos movimentos das mãos se batendo, nem sabemos de quem é aquela mão que nos atingiu, nem sabemos onde foi parar as nossas próprias mãos...
Aí a vida ensina a gente a boiar... e começamos a enxergar melhor onde estamos, com quem estamos, o que estamos fazendo...
Próximo passo: aprender urgentemente a nadar...

domingo, 27 de abril de 2008

Limites da tolerância


"Tudo tem limites, também a tolerância, pois nem tudo vale neste mundo. Os profetas de ontem e de hoje sacrificaram suas vidas porque ergueram sua voz e tiveram a coragem de dizer:"não te é permitido fazer o que fazes". Há situações em que a tolerância significa cumplicidade com o crime, omissão culposa, insensibilidade ética ou comodismo.

Não devemos ter tolerância com aqueles que têm poder de erradicar a vida humana do Planeta e de destruir grande parte da biosfera. Há que submetê-los a controles severos.

Não devemos ser tolerantes com aqueles que assassinam inocentes, abusam sexualmente de crianças, traficam órgãos humanos. Cabe aplicar-lhes duramente as leis.

Não devemos ser tolerantes com aqueles que escravizam menores para produzir mais barato e lucrar no mercado mundial. Aplicar contra eles a legislação mundial.

Não devemos ser tolerantes com terroristas que em nome de sua religião ou projeto político cometem crimes e matanças. Prendê-los e levá-los às barras dos tribunais.

Não devemos ser tolerantes com aqueles que falsificam remédios que levam pessoas à morte ou instauram políticas de corrupção que delapidam os bens públicos. Contra estes devemos ser especialmente duros pois ferem o bem comum.

Não devemos ser tolerantes com as máfias das armas, das drogas e da prostituição que incluem sequestros, torturas e eliminação física de pessoas. Há punições claras.

Não devemos ser tolerantes com práticas que, em nome da cultura, cortam as mãos dos ladrões e submetem mulheres a mutilações genitais. Contra isso valem os direitos humanos.

Nestes níveis não há que ser tolerantes, mas decididamente firmes, rigorosos e severos. Isso é virtude da justiça e não vício da intolerância. Se não formos assim, não teremos princípios e seremos cúmplices com o mal.

A tolerância sem limites liquida com a tolerância assim como a liberdade sem limites conduz à tirania do mais forte.
Tanto a liberdade quanto a tolerância precisam, portanto, da proteção da lei. Senão assistiremos a ditadura de uma única visão de mundo que nega todas as outras. O resultado é raiva e vontade de vingança, fermento do terrorismo.

Onde estão então os limites da tolerância? No sofrimento, nos direitos humanos e nos direitos da natureza. Lá onde pessoas são desumanizadas, ai termina a tolerância.
Ninguém tem o direito de impôr sofrimento injusto ao outro.


Os direitos ganharam sua expressão na Carta dos Direitos Humanos da ONU, assinada por todos os paises. Todas as tradições devem se confrontar com aqueles preceitos. Se práticas implicarem violação daqueles enunciados não podem se justificar. A Carta da Terra zela pelos direitos da natureza. Quem os violar perde legitimidade. Por fim, é possível ser tolerantes com os intolerantes?
A história comprovou que combater a intolerância com outra intolerância leva à aspiral da intolerância.
A atitude pragmática busca estabelecer limites. Se a intolerância implicar crime e prejuizo manifesto a outros, vale o rigor da lei e a intolerância deve ser enquadrada. Fora deste constrangimento legal, vale a liberdade. Deve-se confrontar o intolerante com a realidade que todos compartem como espaço vital. Deve-se levá-lo ao diálogo incansável e fazê-lo perceber as contradições de sua posição. O melhor caminho é a democracia sem fim que se propõe incluir a todos e a respeitar um pacto social comum."

Leonardo Boff

Viva o Presente


Do site Monja Coen

"Uma vez um jovem que havia mudado de emprego muitas vezes veio me visitar, e me contou seus sonhos. Ele queria ser isto e ele queria aquilo. É bom ter sonhos sobre o futuro. Você pode ir além dos seus limites e conseguir mais. Mas não é sábio esquecer que, embora uma visão do futuro seja necessária para colocar você no caminho agora, se você mantiver seus olhos focados no horizonte muito adiante, você não verá o buraco aos seus pés. E você cairá de costas sem ter para onde ir. Se os seus sonhos vão ser apenas sonhos ou se os sonhos se tornarão realidade, depende de como você está vivendo agora.

Mestre Dôgen (1200-1253) expressou iluminação com esta frase: "O desabrochar da ameixeira é a primavera". Mais tarde essas pétalas caem no chão. Se a maneira na qual vivemos nos dá a alegria da primavera também pode levar embora a alegria da primavera e trazer a dureza do inverno. Mesmo que o grande caminho da vida se abra à nossa frente, a nossa maneira de viver pode não usar as oportunidades. Por outro lado, um grande portão de aço, sem nenhum sinal de abertura, pode abrir-se de par em par devido a algum esforço que hoje fazemos. As pessoas cujas vidas têm sido infelizes ou cheias de atos vergonhosos geralmente ficam esmagadas pelo grande peso do seu passado e é difícil para elas recomeçarem.
Mas não são os erros que arruínam uma pessoa, é o constante pensar sobre eles.
Seja quão maravilhosa tenha sido sua vida no passado, quando o presente não é bom, simplesmente não é bom. E também é verdadeiro que seja quão infeliz ou vergonhosa sua vida tenha sido no passado, se você está bem agora, você está bem. Se você se desanima por causa dos enganos passados, isto, na verdade, depende de sua atitude atual em relação a eles. Você tem que aceitar que o seu passado fez o que você é, mas não determina como viver o presente. Assim não existe realmente uma má experiência.
É importante ser capaz de aceitar essas experiências como valiosas, digeri-las para que se tornem alimento do presente.
Se pessoas de muita idade ou doentes com pouca esperança no futuro compararem sua fragilidade presente com o vigor de sua juventude, apenas se tornariam mais frágeis, tristes. Não é sábio comparar."

De Shundo Ayoama, trecho do texto " Beleza da Transciência ", publicado na revista Dharma World da Kosei Publishing Co. em 1995.

quinta-feira, 24 de abril de 2008

E a dor?

Ser popular hoje é sonho de consumo.
Na missa do Pe. Marcelo Rossi as pessoas se acotovelavam para tirar fotos ao lado da mãe de Isabella Nardoni. De repente ela passou a ser celebridade e ser vista ao lado dela dá muito status.
Qual seria o verdadeiro valor dessa foto?

domingo, 20 de abril de 2008

As árvores


"Se as árvores fossem como os humanos, vê-las-íamos baixarem-se com os ramos para apanhar todas as folhas e conservá-las em segurança."

Do Blog Arte Zen

sexta-feira, 18 de abril de 2008

???????



"Somos pessoas estranhas. Passamos a vida a fazer coisas que detestamos com o objectivo de ganharmos dinheiro para comprarmos coisas de que não necessitamos e, assim, impressionarmos pessoas que não nos agradam."

Autor desconhecido

quarta-feira, 16 de abril de 2008

Piquenique

Chagdud tulku rinpocheImage via Wikipedia


"A vida é como um piquenique em uma tarde de domingo -- ela não dura muito tempo. Só olhar o sol, sentir o perfume das flores ou respirar o ar puro já é uma alegria.
Mas se tudo o que fazemos é ficar discutindo onde pôr a toalha, quem vai sentar em que canto, quem vai ficar com o peito ou a coxa do frango..., que desperdício!
Mais cedo ou mais tarde o tempo fecha, a tarde cai e o piquenique acaba. E tudo o que fizemos foi ficar discutindo e implicando uns com os outros. Pense em tudo que se perdeu."

Chagdud Tulku Rinpoche, em "Portões da Prática Budista".

terça-feira, 15 de abril de 2008

O sal da terra


"“Vós sois o sal da terra”, diz Jesus. “Se o sal perde o sabor, para que servirá?”

O sal não é um alimento. Não podemos sobreviver muito tempo comendo apenas sal. Sozinho, o sal significa muito pouco.

Entretanto, na medida em que o sal se relaciona com os outros alimentos, sua presença afeta tudo. Não podemos vê-lo, mas sabemos que está ali, porque sua força se faz sentir. Uma pitada a mais pode estragar um prato. A falta de sal faz com que uma excelente comida perca o gosto e a personalidade.

Somos o sal da terra. Quando nos misturamos com os outros, quando nos fazemos presentes na medida exata – sem excesso e sem omissão – estamos justificando nossas vidas."

Texto extraído do Blog do Paulo Coelho - 20/01/08

segunda-feira, 14 de abril de 2008

Justiça cega

Ás vezes o ser humano me assusta. Assistindo às reportagens sobre o caso da menina Isabella, o que me chamou mais a atenção foi como o povo se mobiliza na frente das delegacias, das casas dos suspeitos aos gritos de "assassino!" quase ao ponto de um linchamento. Isso porque ainda não se descobriu quem foi o assassino e não existem réus confessos, o que pioraria muito a situação.

Aí eu fico pensando o que levaria o cidadão comum a se deslocar do conforto do seu lar para participar de tal "evento"? Eu sei que é um crime que nos tem indignado pela brutalidade, pelo absurdo, por tal violência contra uma menina tão indefesa. Mas até onde a nossa indignação nos dá o direito de nos colocarmos como verdadeiros juizes do "olho por olho, dente por dente"? Não consigo atinar porque o mesmo cidadão não se desbanca do seu lar para protestar quando acontecem esses escândalos políticos que tiram de todos nós a qualidade da saúde pública(que também acaba matando pessoas), nos tira as oportunidades, o transporte de qualidade, etc. Pois parece que ninguém percebe que a corrupção nos tira o dinheiro e os direitos que deveríamos ter para a nossa qualidade de vida como cidadãos que pagam os impostos que são "surrupiados" pelo suborno e a má gestão da coisa pública. Mas enfim, essa é outra história...

Lembro-me de um caso que aconteceu num hospital público de Taubaté (na época foi nacionalmente divulgado), em que uma mãe foi acusada de ter colocado cocaína na mamadeira da filhinha que estava internada. Resumindo ela foi presa, espancada pelas presas que estavam indignadas, perdeu a visão de um dos olhos nesses espancamentos, e mais tarde se descobriu que não era nada daquilo (parece que foi um medicamento que deram à menina, não me lembro), enfim ela era inocente...
Fora aquele caso da Escola Base, em que os donos foram acusados de pedofilia, execrados socialmente e também eram inocentes.
Não estou aqui dizendo com isso que o pai e a madrasta de Isabella sejam inocentes, eu não sei, a população ainda não sabe. Se forem culpados, que cumpram suas penas (nem vamos discutir se as penas aqui no Brasil são justas ou não), mas sei que não serei eu ou outra pessoa qualquer que vai "justiçar" aquela menina.

Ás vezes parece que o ser humano adora esses casos cruéis, não sei se por curiosidade, sadismo, ou pelo fato de se sentir alguém mais importante diante de "gente tão perversa”... não consigo atinar...
Só sei que me assusto muito. Sempre tive medo de multidões por esse lado "desembestado". Você nunca sabe o que uma multidão enfurecida ou amedrontada pode fazer...É a anulação da razão em nome dos sentimentos mais primitivos...

quinta-feira, 10 de abril de 2008

Solo le pido a Dios



Sempre digo que tudo tem um lado bom. E é verdade. Quebrei o braço há dois meses, perdi até um emprego por causa disso.
Mas fazer esse blog foi a melhor coisa que podia ter me acontecido nesses últimos tempos. E sem estar parada por causa do braço, acho que nunca teria feito..
Ontem ao encontrar esse vídeo e ouvir Mercedes Sosa, viajei no tempo.
Naquela época essa era a minha semente de compaixão. Eu entendia compaixão como esse sentimento de irmandade e revolta com as injustiças, preconceitos e o sofrimento alheio (Yo tengo tantos hermanos que no los puedo contar...)... sempre fui meio bicho-grilo...
Através do blog pude ver o caminho que essas sementes tomaram. Elas não aumentaram, não morreram, não frutificaram, pois ainda são sementes... elas estão geneticamente melhoradas.
Tenho as mesmas sementes, elas foram trabalhadas, melhor entendidas e agora preciso trabalhar para que floresçam.
Compaixão é algo mais amplo. O algoz também carece dela. Eu careço dela. Hoje eu sei. Mas somente sei. Compaixão se exercita, pois não é teoria, é prática.



terça-feira, 8 de abril de 2008

A ponte


"Vê que a vida é uma grande ponte, não constrói nela tua casa... atravessa somente!!!"

Pensamento budista

Gente invisível


Psicólogo isola o vírus da coisificação social
Marcia Bindo

Durante oito anos, o psicólogo Fernando Braga da Costa vestiu uniforme de gari e trabalhou varrendo as ruas da Universidade de São Paulo (USP). Era sua tese de mestrado: invisibilidade pública. “As pessoas enxergam no outro apenas a função social”, diz ele, que sentiu na pele o que vive um… trabalhador invisível (vale dizer, não é ele na foto). “Descobri que um simples ‘bom dia’ – que quase nunca recebia como gari – é um sopro de vida, um sinal da própria existência.” Professores que costumavam cumprimentá-lo efusivamente nos corredores o ignoravam quando gari. Na verdade, sequer o olhavam no rosto, gesto que talvez permitisse um reconhecimento. “Quem ocupa um emprego considerado inferior fica imperceptível ao olhar da sociedade”, diz Fernando. “E não é uma questão de óptica, mas de sensibilidade.” Daí que, toda manhã, ambulantes, frentistas, serventes, boys e demais trabalhadores, com ou sem uniforme, podem estar esperando ardentemente apenas por nosso “bom dia”.

Matéria extraída da revista "Vida Simples"agosto/2003

sexta-feira, 4 de abril de 2008

Transitoriedade


Certa vez, uma pequena onda do oceano percebeu que ela não era igual às outras ondas e disse:
"Como sofro! Sou pequena, e vejo tantas ondas maiores e poderosas do que eu! Sou na verdade desprezível e feia, sem força e inútil..."
Mas outra onda do oceano lhe disse:
"Tu sofres porque não percebes a transitoriedade das formas, e não enxergas tua natureza original. Anseias egoísticamente por aquilo que não és, e mergulhas em auto-piedade!"
"Mas," replicou a pequena onda,"se não sou realmente uma pequena onda, o que sou?"
"Ser onda é temporário e relativo. Não és onda, és água!"
"Água? E o que é água?"
"Usar palavras para descrevê-la não vai levar-te à compreensão. Contemples a transitoriedade à tua volta, tenhas coragem de reconhecer esta transitoriedade em ti mesma. Tua essência é água, e quando finalmente vivenciares isso, deixarás de sofrer com tua egóica insatisfação..."

Reutilizar e reciclar para não poluir o futuro


O Brasil recicla apenas 17,5 % do plástico rígido e do plástico filme, aquele usado em sacos de lixo e sacolas de supermercado. O resto vai parar no lixo, onde leva mais de 450 anos para se degradar. Se for depositado a céu aberto, o que acontece com 30% do lixo produzido no Brasil, o plástico dificulta a compactação do lixo e prejudica a decomposição dos materiais degradáveis. Ou seja, o lixão dura ainda mais tempo do que deveria.

Mas poderia ser pior. Se os plásticos não forem para o lixo e virarem sujeira em praias, por exemplo, vão causar ainda mais estragos. Calcula-se que o plástico mata 1 milhão de pássaros e 100 mil mamíferos marinhos por ano em todo o mundo. E, depois que esses animais morrem, o saco plástico volta a ficar livre para continuar matando outros animais.

Todos os dias são descartados milhões de sacos plásticos no Brasil. Mesmo que não levemos em conta os danos diretos ao ambiente ou a dificuldade que o plástico gera para a decomposição do lixo orgânico, é assustadora a idéia de que várias gerações de nossos descendentes terão de se defrontar com o estoque de bilhões de saquinhos gerados por nós. O lixo não desaparece num passe de mágica só porque o caminhão de coleta o levou para longe. Se o caminhão não aparecer, o lixo gerado por apenas três famílias, durante um ano, é suficiente para encher um apartamento de dois dormitórios até a altura dos joelhos.

É uma herança duradoura e nociva em relação ao conforto que oferece. É preciso pensar nisso antes de colocar uma revista num saco plástico só para carregá-la por 10 metros, até onde seu carro está estacionado. E tanto o vendedor de uma loja quanto o funcionário de um supermercado, quando entregam um monte de saquinhos ao cliente, acham — na maior boa vontade — que estão prestando um grande serviço. Mas, na verdade, estão colocando na mão de seu cliente um lixo que leva muito tempo para se decompor.

Por isso, evite o uso de sacos plásticos e prefira levar sua própria sacola quando for fazer compras.

Instituto Akatu pelo Consumo Consciente

quarta-feira, 2 de abril de 2008

Torne-se um lago



O velho Mestre pediu a um jovem triste que colocasse uma mão cheia de sal em um copo d’água e bebesse.
– Qual é o gosto? – perguntou o Mestre.
– Ruim – disse o aprendiz.
O Mestre sorriu e pediu ao jovem que pegasse outra mão cheia de sal e levasse a um lago.
Os dois caminharam em silêncio e o jovem jogou o sal no lago, então o velho disse:
– Beba um pouco dessa água.
Enquanto a água escorria do queixo do jovem, o Mestre perguntou:
– Qual é o gosto?
– Bom! – disse o rapaz.
– Você sente o gosto do sal? – Perguntou o Mestre.
– Não – disse o jovem.
O Mestre então sentou ao lado do jovem, pegou sua mão e disse:
– A dor na vida de uma pessoa é inevitável. Mas o sabor da dor depende de onde a colocamos. Então, quando você sofrer, a única coisa que você deve fazer é aumentar a percepção das coisas boas que você tem na vida.
Deixe de ser um copo. Torne-se um lago.


Fonte: Para ser Zen

A vida retribui e transfere...

Primary StillnessImage from Flickr"A vida não dá nem empresta;
não se comove nem se apieda...
Tudo quanto ela faz é
Retribuir e transferir...
Tudo aquilo que nós lhe oferecemos."

Albert Einstein.

terça-feira, 1 de abril de 2008

Fera ferida


Liberte seus cosméticos dos testes feitos em animais

Por
Mariana Sgarioni

Imagine ficar horas com a cabeça presa e com um clipe abrindo suas pálpebras. Enquanto isso, cientistas pingam em seus olhos substâncias que os deixam em chamas. Ou então sua pele sendo raspada, até ficar em carne viva. Isso acontece todos os dias em laboratórios do mundo inteiro para a fabricação de produtos de beleza. As vítimas costumam ser coelhos (porque têm olhos grandes) e animais diversos, como cachorros e gatos parecidos com aquele xodó da sua casa. O pior é que toda essa crueldade acontece sem necessidade. Vacinas e novos medicamentos ainda dependem de testes em animais, afirmam pesquisadores da Fiocruz (Fundação Osvaldo Cruz), do Rio de Janeiro. Já cosméticos e produtos de limpeza, não. Nesses casos, testes em animais têm se demonstrado ineficazes e até perigosos para a saúde humana. O problema é que muitas indústrias ainda usam animais porque fica mais barato, afirma Carlos Rosolen, presidente da PEA (Projeto Esperança Animal). A própria lei brasileira enquadra como crime testes em animais desde que existam alternativas. A boa notícia é que muitas indústrias cosméticas resolveram abolir os testes, investindo pesado em tecnologia. Para saber se o produto que você usa foi testado em um animal, olhe o rótulo e telefone para os serviços de informação ao consumidor. Os bichos agradecem.
NÃO AOS TESTES EM ANIMAIS
Confira a lista das empresas de cosméticos que testam e as que não testam seus produtos nos bichos

O site da PEA (Projeto de Esperança Animal) possui uma lista das empresas que não maltratam os animais.

www.pea.org.br

Matéria extraída da revista Vida Simples/Editora Abril/abri 2008