sexta-feira, 23 de maio de 2008

Compaixão na meditação


[...] o melhor de tudo é que não importa quanto tempo você vai meditar, ou o método que vai utilizar, toda técnica de meditação budista acaba gerando compaixão, independentemente de estarmos conscientes ou não dela. Sempre que observar sua mente, você não tem como deixar de reconhecer a semelhança com as pessoas que o cercam.

Quando vê seu próprio desejo de ser feliz, você não tem como evitar ver o mesmo desejo nos outros e, quando observa claramente o próprio medo, raiva ou aversão, você não tem como evitar ver que todos a seu redor sentem o mesmo medo, raiva ou aversão.

Quando observa a própria mente, todas as diferenças imaginárias entre você e os outros automaticamente se dissolvem e a antiga prece dos Quatro Imensuráveis se torna tão natural e persistente quanto as próprias batidas de seu coração:

Que todos os seres sencientes tenham felicidade e as causas da felicidade.
Que todos os seres sencientes se vejam livres do sofrimento e das causas do sofrimento.
Que todos os seres sencientes tenham alegria e as causas da alegria.
Que todos os seres sencientes permaneçam em grande serenidade, livres do apego e da aversão.


Yongey Mingyur Rinpoche, em "A Alegria de Viver".

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