domingo, 25 de setembro de 2011

A rosa e o lixo


Impuro ou imaculado. Sujo ou puro. Estes são conceitos que formamos em nossa mente. Uma bela rosa que recém cortamos e colocamos em um vaso é imaculada. Ela cheira tão bem, tão pura, tão fresca. Ela traduz a idéia de ser imaculado, O oposto é uma lata de lixo. Cheira muito mal e está cheia de coisas em putrefação.
Porém, isto é apenas quando você olha superficialmente. Se você olhar mais profundamente, você verá que, em apenas uns cinco ou seis dias, a rosa se tornará parte do lixo. Você nem precisa esperar cinco dias para ver isto. Se você simplesmente olhar para a rosa, olhar profundamente, pode ver isto agora. E, se você olhar dentro da lata de lixo verá que em uns poucos meses seu conteúdo poderá transformar-se em adoráveis vegetais, e até mesmo em uma rosa. Se você for um bom jardineiro orgânico e tiver os olhos de um bodhisattva, olhando para a rosa, poderá ver o lixo, e olhando para o lixo, poderá ver uma rosa. Rosas e lixo intersão. Sem uma rosa não podemos ter lixo; e, sem o lixo, não podemos ter uma rosa. Elas precisam muito um do outro. A rosa e o lixo são iguais. O lixo é tão precioso quanto a rosa, na mesma medida. Se nós olharmos profundamente para os conceitos de impureza e pureza, seremos remetidos para a noção de interser.

Thich Nhat Hanh(

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Balanço

Minha última postagem data de 15 de março de 2009. Nossa! Nem senti que se passou tanto tempo! Já consigo fazer uma retrospectiva do que eu era e do que sou agora. Quando parei de escrever no Blog tinha um objetivo a perseguir e não podia fugir daquilo... Meu objetivo foi atingido... Tenho agora novos objetivos, mas consigo ver que mesmo sem perceber, minha vida espiritual também mudou. Conheci o budismo por uma determinada escola, lembro com muito carinho dessa experiência. Aqueles ensinamentos me marcaram como tatuagem... Até hoje, não encontrei minha sanga (quem me ajudou esse tempo todo foi um tipo de sanga virtual), mas tenho comigo de maneira mais clara que caminho escolhi. Adotei como guia, meu mestre Thich Nhat Hanh. Hoje tenho certeza de que ele me traduziu Buda da melhor maneira para o meu entendimento. Ele fala à minha mente e ao meu coração. Sei que budistas não devem alimentar desejos, mas tenho um: conhecer Plum Village e também o Thay... e, claro, encontrar a minha sanga...